quarta-feira, abril 24, 2024
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ANTT irá consultar a população para debater novo cálculo do piso mínimo de frete

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) pretende realizar uma consulta pública em breve para debater um novo cálculo para o piso mínimo de frete.

De acordo com o órgão, o objetivo é refletir melhor os custos de transporte na definição do piso mínimo. Os novos valores serão válidos para a próxima atualização do piso, em 20 de janeiro de 2022. 

Basicamente, o novo cálculo considera dois tipos de informação:

  • Coleta de dados de mercado, para atualização do valor das principais variáveis que compõem os custos de transportes – a citar o preço do óleo diesel, pneus, salário do motorista e valores de aquisição dos veículos; 
  • Aplicação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para os demais parâmetros.

Para a agência, desta forma, seria possível conferir maior aderência da tabela de piso mínimo às variações de mercado ocorridas no ciclo vigente. 

As consultas públicas feitas pela ANTT para debater um novo cálculo para o piso mínimo de frete começaram em 2019. O órgão ainda não revelou a data da consulta deste ano, mas ela será informada pelo Pé na Estrada assim que possível.

Piso mínimo foi reajustado três vezes neste ano

De acordo com a Lei 13.708/2018, a atualização do piso deve acontecer por pelo menos duas vezes ao ano, em janeiro e em julho, ou quando há uma variação no preço do diesel acima de 10%, positiva ou negativa.

Além de janeiro e julho, em março a ANTT precisou fazer um novo reajuste do piso porque o preço médio do diesel teve alta de 16% entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021. Para saber mais detalhes sobre esse aumento, clique aqui.

O reajuste do piso não acompanha os aumentos do preço do diesel

Há um grande desequilíbrio quando se comparam os reajustes do piso mínimo, que é feito por pelo menos duas vezes ao ano, com as sucessivas altas do diesel, que está quase no seu décimo aumento somente em 2021

Segundo pesquisa realizada pela FreteBras, comparando o primeiro semestre de 2020 com o mesmo período em 2021, o valor do diesel s500 na bomba subiu cerca de 22,52%.

De acordo com levantamento do Estadão, os fretes que mais crescem no País não acompanham o aumento do combustível. O frete de produtos industrializados aumentou 1,20%, enquanto o do agronegócio subiu 2,09%. No transporte de insumos para a construção, a alta foi 3,10%, ou seja, todos bem abaixo dos constantes aumentos do combustível.

 

Por Wellington Nascimento

 

 

 

1 COMENTÁRIO

  1. Esse negócio de dizer,e falar de reajuste de frete, só fica no papel,nada na prática, a realidade é outra, transportadora nem uma paga pela tabela, mais isso é muito simples, tudo isso a culpa é de nós mesmo caminheiros, que não há união, se ouvesse a união de todos nós vivíamos de outra forma.

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