Caminhoneiros entram em 9º dia de greve

Há mais de uma semana a greve dos caminhoneiros tem refletido no abastecimento de todo o país. Hoje, caminhoneiros entram no 9º dia de greve. Há atos em pelo menos 24 estados e no Distrito Federal – apenas Amazonas e Amapá não registram manifestações.

Para atender as reivindicações dos grevistas, o presidente Michel Temer anunciou no domingo, 27, a redução de R$ 0,46 no litro do diesel por 60 dias, entre outras medidas. Enquanto parte dos representantes dos caminhoneiros, como a Abcam, disse aceitar a proposta e encerrar a grave, sindicatos e outras lideranças esperam mais garantias do governo.

 

Outras reivindicações

Pegando embalo no movimento dos caminhoneiros, outros grupos se uniram às manifestações, adicionando pautas políticas. Nesta segunda-feira, 28, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo) e Sérgio Etchegoyen (GSI) comandaram uma reunião do núcleo de emergência criado pelo governo para tratar do tema.

Na saída, Padilha disse ter informações de que há “infiltrados” entre os grevistas, impedindo que os protestos sejam desmobilizados. “Vamos fazer de tudo para combater os infiltrados (…), para que os caminhoneiros possam voltar a trabalhar pensando no suprimento da família brasileira”. As informações são da BBC.

 

Abastecimento

Com escolta policial, caminhões-tanque saíram de distribuidoras para abastecer postos em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Paraíba, além do Distrito Federal. As informações são do G1.

Sobre o transporte público urbano, em Salvador, Maceió, Recife, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba e Brasília voltaram a circular com 100% da frota. Já outras capitais tiveram redução, como São Paulo. O Rio de Janeiro é local com maior reflexo, com 55% da frota parada. Nos aeroportos, de acordo com a Infraero, 10 dos 54 administrados pela estatal estão sem combustível.

No comércio, segundo dados da FCDLESP, que abrange comerciantes em todo o estado de São Paulo, 52,17% dos logistas tiveram problemas com o abastecimento do varejo. Ainda segundo a federação, os lojistas estão tentando negociar os preços com seus fornecedores, de modo que, caso ocorram aumentos, não prejudiquem a população.

 

Fim das manifestações

Apesar de entidades que representam os caminhoneiros terem aceitado os últimos acordos propostos pelo governo federal, uma parte dos manifestantes deixa claro que a greve não chegou ao fim. O governo federal lê a resistência como influência de outros grupos que se infiltraram nos protestos, em busca de outras reivindicações.

Segundo a Veja, o presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, declarou em entrevista coletiva em Brasília que caminhoneiros que querem voltar ao trabalho estão sendo ameaçados “de forma violenta por forças ocultas”, que impedem o fim da greve. “São pessoas que querem derrubar o governo”, afirmou Fonseca.

É fato que as manifestações agora vão além das pautas que envolvem o preço do diesel e que envolvem não somente os caminhoneiros, mas outros grupos.

Um exemplo é a Federação Única de Petroleiros (FUP), que anunciou uma “greve de advertência” de 72 horas a partir de quarta-feira na Petrobras, exigindo a redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis e a renuncia do presidente da companhia. Os petroleiros reivindicam também o fim das importações de derivados de petróleo e a manutenção dos empregos na empresa. As informações são da Isto é.

 

Por Pietra Alcântara

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