Drogômetro que usa suor é testado no DF

O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran DF) começou, na última quinta-feira, 29, os testes com um drogômetro que usa suor para detectar a presença de substâncias psicoativas no organismo de condutores.

Ouça o podcast: Drogômetro, o equipamento de exame toxicológico na estrada

A experiência ocorreu durante duas operações para coibir a direção de veículo após o consumo de bebida alcoólica e outras substâncias psicoativas.

O teste é realizado a partir do recolhimento da digital do motorista. Por meio da análise do suor, o aparelho consegue identificar 15 tipos de drogas, dentre elas a cocaína, o THC (maconha), os benzodiazepínicos, os opioides, as anfetaminas, as metanfetaminas, o crack e o ecstasy.

 

Avaliações voluntárias

O diretor de policiamento e fiscalização de trânsito do Detran DF, Francisco Saraiva, conta que foram realizadas avaliações voluntárias em 15 motoristas. Eles foram informados antecipadamente sobre drogômetro que usa suor.

“Na operação, o equipamento indicou, em um motorista, a presença de uma substância no organismo. Pelo fato de o aparelho não ter sido homologado ainda, não pudemos definir precisamente qual era. E como era uma blitz educativa, foi sugerido que ele apresentasse um motorista para levar o carro dele”, relata.

Segundo ele, caso o drogômetro que usa suor estivesse homologado, o motorista seria enquadrado no artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro, que define como gravíssima a infração por “dirigir sob influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência”. A punição é o recolhimento da habilitação e retenção do veículo, além de suspensão do direito de dirigir por 12 meses. A multa é no valor de R$ 2.934,70 e o condutor soma sete pontos na carteira de habilitação.

Além disso, o artigo 305, do CTB, prevê pena de detenção de seis meses a três anos para quem “conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência”.

Diferentemente do bafômetro, o drogômetro não pode ser utilizado para a autuação do condutor, pois ainda não é regulamentado pelo Contran. Durante as operações realizadas em Brasília, os agentes de trânsito utilizaram três equipamentos que foram emprestados pelo fabricante.

 

Mortes no trânsito

Estudo do Detran DF mostra que, das 280 pessoas que morreram no trânsito do Distrito Federal em 2018, 48% delas tinham consumido álcool ou utilizado drogas. O levantamento analisou apenas os exames realizados em vítimas fatais e não determinou as responsabilidades pelo acidente.

Segundo o estudo, realizado com base nos dados do Instituto Médico Legal, 49 vítimas fatais haviam consumido somente álcool, 49 utilizaram drogas e 35 apresentaram resultado simultâneo para álcool e outras drogas.

Em 2017, foram registradas 254 vítimas fatais, das quais 44% apresentaram resultado toxicológico positivo, sendo que 75 delas apontaram para o consumo de álcool e 68, de drogas.

Leia também: 8 perrengues que todo caminhoneiro já passou

 

Adaptado de CNT Notícias

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Inscreva-se nos nossos informativos

Você pode gostar
posts relacionados