sexta-feira, março 29, 2024

Expectativas de vendas de pesados permanecem iguais após greve

Antes das paralisações de caminhoneiros, as vendas de caminhões iam bem, acima das expectativas. Após a greve, muitos temiam que as vendas de veículos – principalmente caminhões – fossem prejudicadas. Porém as projeções da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram que as expectativas de vendas de pesados permanecem as mesmas mesmo após a greve.

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A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) também publicou neste mês dados de emplacamentos de veículos. Segundo a federação, houve aumento de 50,71% nos emplacamentos de caminhões no primeiro semestre de 2018 e 9,96% de aumento nos emplacamentos de ônibus no mesmo período. Clique aqui para ver os dados na íntegra.

 

Caminhões

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A Anfavea registrou crescimento de 49,3% nos licenciamentos de caminhões novos. Em relação ao mesmo período do ano passado, foi registrado um aumento de 35,2% nas vendas em junho. As vendas totalizaram 5,7 mil unidades.

Nas exportações, os caminhões tiveram redução em 11% em relação à junho de 2017. Ao todo, somente em junho, foram 2,5 mil unidades exportadas. No acumulado, esse número cresce para 14,3 mil caminhões exportados, quantidade que representa crescimento de 5,1% em relação ao primeiro semestre de 2017.

 

Ônibus

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Os ônibus, por sua vez, tiveram redução nos licenciamentos. Segundo os dados, houve queda de 27,5% em relação à junho do ano passado. Já no acumulado, houve aumento de 13,8% em relação ao primeiro semestre de 2017. Somente este ano, foram mais de 5,5 mil ônibus vendidos, em comparação com as 4,8 mil unidades vendidas durante o primeiro semestre do ano passado.

Já as exportações nos primeiros seis meses do ano ficaram em 4,7 mil unidades – alta de 15,1% em relação à 2017.

 

Máquinas agrícolas

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As vendas de máquinas agrícolas tiveram queda durante o mês de junho. No acumulado, as vendas foram 2,3% menores que o mesmo período de 2017. No primeiro semestre deste ano, foram vendidas 19,8 mil unidades, contra 20,3 mil vendidas nos primeiros seis meses do ano passado.

Em relação à maio deste ano, os números sobem: houve crescimento de 49,8%. Também em relação à junho do ano passado, este mês teve aumento nas vendas de máquinas agrícolas em 28%.

As exportações tiveram um pequeno aumento de 2,1% no acumulado. Porém, em relação à junho de 2017, as exportações tiveram queda de 28,8%. 

 

Projeções

Durante a apresentação da carta da Anfavea, Antonio Megale, presidente da Associação, falou sobre as projeções para os próximos meses do ano no que diz respeito à vendas de veículos, etc. Para ele, as novas expectativas da entidade levaram em consideração movimentos importantes.

“O ritmo de vendas dos primeiros quatro meses estava um pouco acima da nossa expectativa inicial, mas a greve de caminhoneiros trouxe impactos negativos. Nas exportações, a situação econômica de Argentina e México, nossos principais parceiros comerciais, foi a razão de alterarmos a previsão”, explica Megale.

Um dos assuntos mais falados durante a ocasião foi o Rota 2030, um novo regime automotivo aprovado na última semana. Ele gera uma série de incentivos e lança novas exigências para montadoras que quiserem atuar no Brasil. Para a Anfavea, o Rota 2030 ainda tem pontas soltas e ainda será necessário discutir vários pontos da nova política.

 

O que mudou?

Para veículos pesados, as previsões de vendas continuaram as mesmas: 24,7% de crescimento é esperado pela Anfavea. Já nas exportações, as expectativas diminuíram. Se antes, projetava-se um crescimento de 13,1%, agora a associação reduziu as expectativas para 0%.

No segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias a nova projeção é de alta de 7% nas vendas, com 45,4 mil unidades – a análise inicial indicava aumento de 3,7%. As exportações, antes com crescimento de 9,9%, também terão aumento de 7%.

Megale lembra que para o setor agrícola, existem muitos fatores que podem influenciar o desempenho para cima e para baixo, como a segunda melhor safra da história neste ano e condições estáveis no Plano Safra. Por outro lado, é preciso considerar também possíveis impactos causados pela Copa do Mundo, paralisações e eleições presidenciais.

Para ver a carta da Anfavea na íntegra, clique aqui.

 

Por Pietra Alcântara

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