Preço do Diesel apresenta alta em agosto mesmo antes do término do mês

Em agosto, o preço do diesel apresenta alta de 0,54% em relação aos números de julho, mesmo faltando uma semana para o encerramento do mês. As informações são do Índice de Preços Ticket Log (IPTL). Assim, o diesel S500 está custando R$ 4,829, em média, nos postos brasileiros. Já o S-10 é comercializado nas bombas por cerca de R$ 4,883, uma elevação de 0,48%.

A alta do diesel no Brasil

Nas cinco regiões do país, o diesel comum (S500) e o S-10 apresentaram aumentos no preço este mês. No Nordeste ocorreu a alta mais significativa, com 0,66% para o tipo comum, o S500, e de 0,62% para o S-10.

Óleo Diesel S500:

Em relação ao óleo diesel comum, os preços mais altos foram encontrados na região norte. Entre os 555 postos consultados pela Agência Nacional do Petróleo, a ANP, o combustível chega a custar em média R$ 4,831 nas bombas. Em contrapartida, os valores mais baixos encontram-se na região sul, onde a média do S500 é R$ 4,435. A ANP chegou a esse número após realizar pesquisas em 1.223 postos nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Dados óleo diesel comum por região agosto 2021
Fonte: ANP

Óleo Diesel S-10:

Já no caso do S-10, o valor mais alto encontrado nas bombas foi na região centro-oeste do país, com média de R$ 4,827. A ANP consultou 857 postos nos quatro estados da região. Os preços mais baixos em relação ao diesel S-10 foram encontrados também na região Sul, onde o valor médio nos postos foi de R$ 4,484. Foram pesquisados 1.940 estabelecimentos para a obtenção dos dados.

Dados óleo diesel s-10 por regiao agosto 2021
Fonte: ANP

O sétimo aumento do diesel em 2021

A principio, não houve recuo nos preços em nenhum estado brasileiro no mês de agosto, quando comparado com o fechamento de julho. O governo Federal vem buscando alternativas para reduzir os constantes aumentos. Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que pretende zerar a cobrança de impostos federais sobre o diesel em 2022.

A promessa é uma tentativa de conter a insatisfação de caminhoneiros, visto que a categoria ameaça fazer greve desde o inicio deste ano, sendo os frequentes aumentos do preço do diesel, que não são repassados ao frete, um dos grandes motivos da revolta por parte dos condutores. No mês de março, o governo zerou os tributos federais, PIS e Cofins do óleo diesel. Porém, essa medida durou apenas até o final de abril.

Caminhoneiros cobram a redução de impostos ligados aos fretes de carga, com base na Lei 13703/18, sobre a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas
Caminhoneiros já cobraram neste ano, a redução de impostos ligados aos fretes de carga, com base na Lei 13703/18, sobre a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas. (Fonte: Grupos de Whatsapp)

Frete não cobre os custos com combustível

A diferença entre o preço do frete e o do diesel S500 é um fator crítico para a categoria. Comparando o primeiro semestre de 2020 com o mesmo período em 2021, o valor do diesel S500 na bomba subiu cerca de 22,52%, segundo pesquisa realizada pela FreteBras.

Em contrapartida, segundo levantamento do Estradão, os fretes que mais crescem no País não acompanham o aumento do combustível. O frete de produtos industrializados aumentou 1,20%, enquanto o do agronegócio subiu 2,09%. No transporte de insumos para a construção, a alta foi 3,10%, ou seja, todos bem abaixo dos constantes aumentos do combustível.

Veja Também: Governo aumenta concentração de biodiesel no diesel e entidades alertam para riscos

 

Por Daniel Santana com informações de Estradão e ANP

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